Diante das várias e valiosas contribuições sobre currículo e da entrevista de Mário Cortella, venho contribuir com este texto. Sendo assim, foram muito pertinentes as colocações que a colega Cris Macedo fez. Portanto, compartilho com suas colocações.
Retomando o assunto ser professor, para Paulo Freire, a educação relaciona-se com o “conhecimento critico da realidade” e com “uma leitura crítica do mundo”. Portanto, a educação dialógica e problematizadora questionam uma realidade percebida de forma ingênua/mágica. Nessa concepção, a realidade é concebida de forma ativa, reforçando a mudança. O ser humano, como um ser histórico. O aprendizado deve estar intimamente associado à compreensão crítica da situação real vivida pelo educando. Assim sendo, nas palavras de Freire,
“E não se diga que, se sou professor de biologia, não posso me alongar em considerações outras, que devo apenas (grifo do autor) ensinar biologia, como se o fenômeno vital pudesse ser compreendido fora da trama histórico-social, cultural e política. Como se a vida, a pura vida, pudesse ser vivida de maneira igual em todas as suas dimensões favela, no cortiço ou numa zona feliz dos “Jardins” de São Paulo. Se sou professor de biologia, obviamente, devo ensinar biologia, mas, ao fazê-lo, não posso secioná-lo daquela trama” (FREIRE, 1992, p.79)
Sob esse enfoque devemos como professores propiciar aos nossos alunos a leitura do mundo numa percepção dialética. De acordo com Delizoicov et al. (2001) entendemos que os conteúdos, se desenvolvidos na perspectiva da compreensão de temáticas locais, significativas, possuem um potencial transformador.
Contribuição: Gisele Garcia
E como construir um conhecimento crítico da realidade? É possível o professor fazer isso dentro da sala de aula? Se o professor assume que a realidade é imutável, ela continuará imutável. Porém se ele buscar a mudança de sua prática docente, pelos menos compreender que a realidade atual do ensino público, e do ensino em geral, não são imutáveis é possível sim uma mudança. Essa mudança deve partir primeiro de nossos pensamentos, para depois se tornar atitudes. Não é uma regra, um dogma, um padrão, mas uma prática sem reflexão e o pensamento sem prática, não contribuem para o que estamos chamando de criticidade da realidade. A mesma está presente em todo o contexto escolar, quer o professor queira quer não, ou melhor, quer ele saiba ou não. Um olhar, uma fala, uma atitude, uma avaliação, um texto lido, uma discussão e um conteúdo, isto pode se traduzir em realidade. O que falta então é, nós educadores, pelo menos no nome, estimular o senso crítico dos alunos, e principalmente, o senso crítico de nós mesmos.
Contribuição: Lucas de P. Lameu
Contribuição: Gisele Garcia
E como construir um conhecimento crítico da realidade? É possível o professor fazer isso dentro da sala de aula? Se o professor assume que a realidade é imutável, ela continuará imutável. Porém se ele buscar a mudança de sua prática docente, pelos menos compreender que a realidade atual do ensino público, e do ensino em geral, não são imutáveis é possível sim uma mudança. Essa mudança deve partir primeiro de nossos pensamentos, para depois se tornar atitudes. Não é uma regra, um dogma, um padrão, mas uma prática sem reflexão e o pensamento sem prática, não contribuem para o que estamos chamando de criticidade da realidade. A mesma está presente em todo o contexto escolar, quer o professor queira quer não, ou melhor, quer ele saiba ou não. Um olhar, uma fala, uma atitude, uma avaliação, um texto lido, uma discussão e um conteúdo, isto pode se traduzir em realidade. O que falta então é, nós educadores, pelo menos no nome, estimular o senso crítico dos alunos, e principalmente, o senso crítico de nós mesmos.
Contribuição: Lucas de P. Lameu
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