Olá pessoal, acessem o link para baixar o material - A educação como o rio:
http://db.tt/WObmH39D
sexta-feira, 29 de junho de 2012
quarta-feira, 27 de junho de 2012
UMA COMPARAÇÃO ENTRE UM RIO E O CURRÍCULO
Por Jacy Carvalho
do Nascimento
Sempre que
alguém estuda a história das civilizações, verifica que todas elas se desenvolveram
ao lado de um rio, muitos deles conhecidos mundialmente, como é o caso do
Ghandis, do Tamisa, do Renno, do Nilo,
do histórico e bíblico Rio Jordão , do Rio
São Francisco do Rio Amazonas, dentre tantos outros.
Ao lado dos rios, as civilizações evoluíram e
desenvolveram habilidades no decorrer de sua existência e, com o passar do
tempo, perceberam que a base dessa evolução está em algo muito importante
chamado de “educação”. Com o
desenvolvimento da educação, surgiram além de outras coisas, várias formas de
se aproveitar o potencial de um rio, da mesma forma que para se aproveitar
melhor o potencial educacional de um povo, surgiu o “currículo”.
O currículo é
um caminho que percorre as instâncias do saber, da mesma forma que o leito de
um rio é uma estrada que conduz as águas, perfazendo um caminho sinuoso e
desafiador, num ambiente criado pela própria natureza.
Prosseguindo com a comparação, currículo
é uma relação de poder, de forma que o poder econômico determina o seu
conteúdo. Da mesma forma, os seres vivos de um rio se envolvem numa outra disputa
de poder, que é a cadeia ou teia alimentar, na qual, também prevalece a lei do
mais forte. Um rio abrange o coletivo,
serve a todos os seres que dele dependem para viver, “faz o bem, sem olhar a
quem”, enquanto que o currículo também se relaciona ao sentido coletivo, quando
aborda a educação e o direito ao saber ofertado para todos, sem distinção
alguma. Rio também é individual, singular, da mesma forma que o currículo, que
é específico e contribui para a formação do indivíduo com cidadão.
Rio é fonte
de vida, enquanto que currículo é fonte de conhecimento para a vida, rio e
currículo são territórios desterritorializados, pois existem para o bem de
todos. As comparações são muitas e todas repletas de virtuosos exemplos. Rio
pode inundar as planícies com suas águas, currículo pode inundar os corações
com a alegria do saber, do descobrir, do superar e do sentir-se capaz. Rio faz nascerem
as esperanças, currículo faz aflorar os sonhos, rio é imprescindível e
currículo é indispensável.
O fato é que tanto o rio quanto o currículo,
devem ser tratados com muito carinho, critério e responsabilidade, pois ajudam
a contar a história de uma civilização, dentre as quais, também se encontra a
nossa.
terça-feira, 19 de junho de 2012
quinta-feira, 14 de junho de 2012
ATIVIDADES FINAIS...
Leitura
dos textos abaixo linkados/sistematização de conceitos e cenários curriculares(resumos
para facilitar o entendimento): complementações dos estudos do semestre.
Elaboração de um artigo de, no máximo, de 12
páginas sobre o tema de sua pesquisa e Questões Curriculares(enviar por email
para mim até dia 27 de junho)
- Políticas Curriculares,
Gestão e Trabalho DocenteICAS CURRICULRS
http://gtcurriculote2011.wordpress.com/2011/08/27/politicas-curriculares-gestao-e-trabalho-docente/ado e
- Política
curricular e escolas públicas: diferentes contextos, estratégias e processos
- O pensamento
de Paulo Freire na construção de políticas curriculares
- Como e até onde é possível pensar
diferente: micropolíticas de currículo, poéticas, cotidianos e escolas
- Ágoras
culturais: escolas em cena e atos de currículo
- Composições possíveis em pesquisa
sobre políticas curriculares
UMA ABORDAGEM SOBRE ESCOLAS, CURRÍCULO E CRIATIVIDADE
Ken
Robinson
Por Jacy Carvalho do Nascimento.
Após
ouvirmos a palestra de Ken Robinson, cujo título é uma indagação, “Escolas
Matam a Criatividade”? Chegaremos á conclusão que sim. Se considerarmos o
currículo prescrito, que é aquele que é imposto ás escolas percebe-se que há
uma camisa de força, uma ditadura que poda a criatividade dos alunos e que
realmente, conforme disse Ken, o sistema de ensino vai desmotivando as
pessoas. No
contexto curricular, sabe-se que currículo é práxis, que é humano e complexo,
que possui forma, conteúdo e organização.
No entanto,
segundo o preletor, o sistema educacional existe para suprir o industrialismo e,
dessa forma, o poder econômico dita as
regras, as quais, sucumbem com a criatividade das pessoas. Sendo assim, alunos
que possuem dons artísticos se sentem deslocados e influenciados a abandonarem
os seus talentos, porque isso não interessa ao sistema e também, porque as
escolas não estão preparadas para lidar com isso, o ensino é burocrático,
metódico e conservador. É preciso que se
façam mudanças significativas no currículo.
Outro assunto
abordado por Ken Robinson se refere aos professores universitários. Segundo
ele, muitos deles possuem postura arrogante e apenas repassam os conhecimentos,
sem se preocuparem com a relação professor-aluno e ensino-aprendizagem. Isso
acontece, porque a grande maioria dos referidos professores, não possuem curso
de licenciatura, não foram preparados para lidarem com pessoas. Sendo assim, se
os seus alunos não apresentarem o rendimento padronizado, esses pseudo-professores
culparão os próprios alunos. É mais fácil apontar um culpado, do que fazer uma
autocrítica.
Uma palestra
como a de Ken Robinson e os trabalhos de pesquisadores curriculares, podem
auxiliar na busca de inovações, que contemplem as disciplinas trabalhadas nas escolas
de forma igualitária, sem prejuízo a qualquer que seja. Assim sendo, formaremos
gerações preparadas para suprir as necessidades do país, com muita inovação e
competência, sabendo que é preciso encontrar o elo entre a escola, o currículo
e a criatividade. Nesse contexto, as pessoas não precisam abandonar seus
sonhos, seus ideais, sua naturalidade, sua arte, sua música, sua dança e outras
virtudes, para conseguirem um diploma. Essa falta de respeito precisa acabar.
quinta-feira, 7 de junho de 2012
Reflexões freireanas e História Única
Elaborem, a partir desse vídeo "História única", um texto reflexivo sobre currículo utilizando as categorias freireanas discutidas em sala. Postem em seus blogs individuais.
Procurem estabelecer um diálogo entre Freire e o discurso deste vídeo.
OBS: Se quiserem, podem postar comentários curtos ou indagações aqui neste blog para nortear as reflexões individuais.
Acessem:
Há dois anos atrás levei este fantástico vídeo para uma aula com o segundo ano. Alguma coisa misteriosa (como sempre acontece com tecnologia) aconteceu com o letreiro, e ele não apareceu por nada deste mundo... Fiz disto uma brinacadeira, e pedi aos alunos que "imaginassem" a fala da Chimananda. Construiu-se em conjunto um discurso até bem parecido com o real; incrível! Aulas depois eu tinha conseguido outra versão que funcionou, e eles ficaram surpresos por terem, com o pouco que entenderam da pronúncia dela, chegado tão perto da história e da mensagem dela.
Mistérios! Aliás, Hamlet já disse que "há mais mistérios entre o céu e a terra do que supõe a nossa vã filosofia"...
Graça, num feriado que promete... (muito estudo, claro, que alegria de mestrando é feriado prá trabalhar bastante...).
Criatividade e Currículo
Olá, pessoal. Me atrapalhei aqui e fiquei dias tentando postar e não conseguia. Platô em mim!!! Recuperada, envio um vídeo(parte 1 e 2) de uma palestra. À luz das teorias e abordagens sobre currículo, produzam um texto(até 4 parágrafos, 30 linhas total) analisando o discurso do palestrante em questão. Postem aqui em forma de comentários.
DICA DE KARLA FREITAS: ANALISAR É NÃO SÓ DECOMPOR E DISCERNIR AS DIFERENTES PARTES DE UM TODO, MAS TAMBÉM RECONHECER AS DIFERENTES RELAÇÕES QUE ELAS MANTÊM, QUER ENTRE SI, QUER COM O TODO. EM OUTRAS PALAVRAS, ANALISAR É OUSAR ENFRENTAR A COMPLEXIDADE, É FAZER-SE "ENGENHEIRO DO SENTIDO".
quinta-feira, 24 de maio de 2012
Diante das várias e valiosas contribuições sobre currículo e da entrevista de Mário Cortella, venho contribuir com este texto. Sendo assim, foram muito pertinentes as colocações que a colega Cris Macedo fez. Portanto, compartilho com suas colocações.
Retomando o assunto ser professor, para Paulo Freire, a educação relaciona-se com o “conhecimento critico da realidade” e com “uma leitura crítica do mundo”. Portanto, a educação dialógica e problematizadora questionam uma realidade percebida de forma ingênua/mágica. Nessa concepção, a realidade é concebida de forma ativa, reforçando a mudança. O ser humano, como um ser histórico. O aprendizado deve estar intimamente associado à compreensão crítica da situação real vivida pelo educando. Assim sendo, nas palavras de Freire,
“E não se diga que, se sou professor de biologia, não posso me alongar em considerações outras, que devo apenas (grifo do autor) ensinar biologia, como se o fenômeno vital pudesse ser compreendido fora da trama histórico-social, cultural e política. Como se a vida, a pura vida, pudesse ser vivida de maneira igual em todas as suas dimensões favela, no cortiço ou numa zona feliz dos “Jardins” de São Paulo. Se sou professor de biologia, obviamente, devo ensinar biologia, mas, ao fazê-lo, não posso secioná-lo daquela trama” (FREIRE, 1992, p.79)
Sob esse enfoque devemos como professores propiciar aos nossos alunos a leitura do mundo numa percepção dialética. De acordo com Delizoicov et al. (2001) entendemos que os conteúdos, se desenvolvidos na perspectiva da compreensão de temáticas locais, significativas, possuem um potencial transformador.
Contribuição: Gisele Garcia
E como construir um conhecimento crítico da realidade? É possível o professor fazer isso dentro da sala de aula? Se o professor assume que a realidade é imutável, ela continuará imutável. Porém se ele buscar a mudança de sua prática docente, pelos menos compreender que a realidade atual do ensino público, e do ensino em geral, não são imutáveis é possível sim uma mudança. Essa mudança deve partir primeiro de nossos pensamentos, para depois se tornar atitudes. Não é uma regra, um dogma, um padrão, mas uma prática sem reflexão e o pensamento sem prática, não contribuem para o que estamos chamando de criticidade da realidade. A mesma está presente em todo o contexto escolar, quer o professor queira quer não, ou melhor, quer ele saiba ou não. Um olhar, uma fala, uma atitude, uma avaliação, um texto lido, uma discussão e um conteúdo, isto pode se traduzir em realidade. O que falta então é, nós educadores, pelo menos no nome, estimular o senso crítico dos alunos, e principalmente, o senso crítico de nós mesmos.
Contribuição: Lucas de P. Lameu
Contribuição: Gisele Garcia
E como construir um conhecimento crítico da realidade? É possível o professor fazer isso dentro da sala de aula? Se o professor assume que a realidade é imutável, ela continuará imutável. Porém se ele buscar a mudança de sua prática docente, pelos menos compreender que a realidade atual do ensino público, e do ensino em geral, não são imutáveis é possível sim uma mudança. Essa mudança deve partir primeiro de nossos pensamentos, para depois se tornar atitudes. Não é uma regra, um dogma, um padrão, mas uma prática sem reflexão e o pensamento sem prática, não contribuem para o que estamos chamando de criticidade da realidade. A mesma está presente em todo o contexto escolar, quer o professor queira quer não, ou melhor, quer ele saiba ou não. Um olhar, uma fala, uma atitude, uma avaliação, um texto lido, uma discussão e um conteúdo, isto pode se traduzir em realidade. O que falta então é, nós educadores, pelo menos no nome, estimular o senso crítico dos alunos, e principalmente, o senso crítico de nós mesmos.
Contribuição: Lucas de P. Lameu
terça-feira, 22 de maio de 2012
Desde o início das nossas aulas eu quero mostrar essa música "Estudo Errado" do Gabriel, o pensador, mas alguns problemas técnicos não permitiram.
Acredito que essa música reflete bem o nosso atual sistema educacional, e relaciona muito bem o objetivo e interesses de quem faz os currículos com o cotidiano nas escolas, e no que realmente é importante ensinar e aprender.
O que acharam?
- Bruno Átila
Ouvi esta música e guardei a letra, ano passado nas aulas da Fabrícia e da Nilcéia, na FMIt. GENIAL!!!
Graça
segunda-feira, 21 de maio de 2012
Aula 18/05/12
Aula do dia 18/05/12- Contribuição dos alunos
Uma das principais discussões que circunda o ambiente acadêmico é a relação entre teoria e prática. Em se tratando especificamente da educação, a discussão se direciona para a relação entre as teorias educacionais, estudadas na graduação ou pós-graduação, com a prática escolar. Uma das pontes entre realidade escolar e realidade acadêmica, no âmbito de uma completar reciprocamente a melhor compreensão da outra, é através da pesquisa. A pesquisa permite olhar o real, coletar dados interpretando-os à luz da área do universo acadêmico do pesquisador. Mas para que servem os dados? De que forma, ou como melhor interpretar os dados? Ou então, para que serve a minha pesquisa?
Para direcionar respostas a tais indagações é preciso salientar que a pesquisa não esgota o real, ou seja, o olhar de um pesquisador não esgota o significado do real. Mas, em se tratando dos dados de uma pesquisa, um trecho da entrevista com Mário Sérgio Cortella merece atenção.
Em um ponto da entrevista, a jornalista menciona sobre o currículo escolar brasileiro que propõe a formação ética e cidadã e pergunta para Cortella porque isso não ocorre, já que uma pesquisa constatou que 77% dos encarcerados no Brasil não concluíram o ensino fundamental. É de se esperar que Mário realize uma crítica ao sistema educacional, ou social atrelado às deficiências das políticas públicas, ou então ao sistema econômico capitalista. Cortella, no entanto, indaga: “mas a que conclusão você chega com esta informação? Vai preso quem não conclui o ensino fundamental ou quem não tem dinheiro? Cuidado com leitura de estatística!”
Percebe-se que ele inverte e desmistifica a ideologia presente na pergunta da jornalista propondo a ela um recorde desta estatística não pela escolarização, mas por uma outra leitura de prisão atrelada às pessoas com menos recursos para utilizar ferramentas para não estar preso. Em outro momento ele então afirma: “O que a escolaridade indica, neste caso que você coloca, é que a criminalidade está ligada a uma classe social que também já é vitimada pela ausência de escolaridade”.
Neste sentido, a pesquisa não deve reduzir o currículo a meras estatísticas cujos dados podem ser interpretados pelo pesquisador à luz de ideologias que legitimam discursos opressores. Ao contrário, a pesquisa deve contemplar o currículo como práxis, ou seja, pela concretude complexamente determinada pelo macro e micro contexto no qual a escola está inserida. Ao pensar o currículo como práxis, a prática docente não se resume a um fazer alienado e acabado. Ao contrário, a práxis resgata a prática docente colocando-a em um contínuo diálogo reflexivo-crítico com a teoria, trazendo diariamente indagações que vão moldando a prática docente. Neste sentido, destaca-se, por exemplo, algumas dessas indagações: de que forma o conhecimento se organiza e se dá na escola? Que currículo é esse? Quem o produz? Como é ensinado e como é vivido? Que cotidiano está contido nos documentos oficias? Será que é somente o trabalho que é relevante para o aluno? Algumas indagações podem até mesmo se direcionar para um sentido mais amplo da educação: O que é saber? O que é ensinar? Quem é o aluno? Que “gentificação” eu quero produzir com tal conhecimento ou planejamento? De que forma este conhecimento vai ser relevante para a vida do aluno?
A educação só faz sentido quando se considera o outro. O professor não pode ser visto separadamente do aluno. É com o outro que ele se forma em um processo de “outrar-se”. Mário Sergio, quando entrevistado, faz uma distinção entre escolarização e educação. Para ele a educação é um conceito mais amplo, que contempla uma contínua formação dentro do universo cultural do qual fazemos parte, como por exemplo, na família, no universo midiático, em cursos, igreja, amigos, viagens etc. A escolarização já é algo mais restrito. Ela está inserida na educação, porém restrita mais ao ambiente formal escolar.
Mas por que tal distinção entre escolarização e educação? Qual a papel da escola e da família na construção de valores pertinentes à educação? Ultimamente a escola tem assumido as funções de outras instituições, como por exemplo, as famílias, a religião, os bairros, dentre outras. Tais afirmações geram várias ponderações. A escola foi recebendo imposições, passando a ser cobrada por obrigações que não lhes cabem, sobrecarregando a todos os profissionais do ensino em geral, principalmente aos professores, que estão na linha de frente dessa difícil batalha. É hora da escola reagir, da sociedade participar do processo de formação dos cidadãos e também de cada instituição assumir suas responsabilidades.
Retomando a questão anterior em que a jornalista aludiu para justificar a falta de ética de encarcerados através de sua escolarização, tal questão toca no sério problema de remeter à educação o encargo de resolver complexos problemas sociais e familiares ou então de aumentar o desenvolvimento econômico de uma nação. É neste ponto que o docente deve desmistificar ideologias presentes no currículo prescrito, que são até mesmo legitimados socialmente, quando ele se depara, por exemplo, com os chamados conteúdos transversais. Tai conteúdos "fatiam" o conhecimento dando a ele uma fluidez característica, importante somente para um segmento social, para uma economia capitalista ou empresarial. Tal conhecimento fluído não se revela como algo de fato, ficando somente no nível da informação momentânea.
O currículo revela-se como um campo de tensões entre múltiplos e complexos fatores do currículo prescrito oficialmente, vivenciado e oculto. No currículo prescrito oficialmente o tencionar dirige-se para o nivelamento cultural que desconsidera os contornos do singular e do particular das instituições escolares. No currículo vivenciado, o tencionar dirige-se para a política assumida pelo professor em sala de aula, já que o pensar currículo é epistemologia e política, bem como as “cortinas” epistemológicas que são colocadas na relação entre professor-aluno e que inclusive influenciam na aprendizagem. No currículo oculto o tencionar dirige-se para a escuta do currículo, ou seja, das situações que acontecem e que não acontecem em sala de aula com os alunos. É justamente esta escuta que alimenta e subsidia a práxis docente.
Contribuição: Tadeu, Jacy
Após rica contribuição dos colegas Tadeu e Jacy, falta-me palavras e reflexões a altura do texto. Entretanto, vou dizer em poucas palavras o que a aula e a leitura tanto da entrevista como desse texto me fez pensar. Gosto de escrever, muitas vezes em primeira pessoa, para que tanto eu quanto o leitor sejamos inseridos na "conversa", pelo menos em ocasiões em que me é permitido não ser imparcial. Dessa forma o que tenho pra dizer é pouco, mas penso estar em sintonia com o que estamos discutindo há tempos na disciplina.
Sou professora! Como já disse antes, gosto de ser professora, de ensinar... Poderia ser professora de história, língua portuguesa, geografia, canto, dança (se soubesse dançar, claro!), ou seja, independente da "matéria" na qual sou formada, o que me encanta mesmo - e me dá medo também! - é ser professora.
Antes de pensar que vou ensinar Física a meus alunos, gosto de pensar que estou trabalhando com gente que precisa antes de qualquer coisa, se tornar GENTE!
Quando estava dando aulas, muitas vezes parei o que estava trabalhando para "bater um papo" com meus alunos, e acreditem, era incrível como a sala ficava em silêncio para ouvir enquanto um ou outro falava. Sempre tinha respeito pela vez do outro e pela opinião do outro. Eram assuntos diversos, coisas que me chamaram atenção e que eu pensava ser importante discutir, pois a matéria, os cálculos, a resolução de problemas eles aprendem com um pouco de dedicação e estudo, agora refletir criticamente sobre um ocorrido de modo a entender que existem várias versões sobre o mesmo - e que o fato do meu vizinho apresentar uma opinião diferente da minha não o faz ser menos do que é, ou me faz melhor que o outro - isso é muito difícil de se encontrar nos livros.
Claro que não posso esquecer de ensinar Física e a ensino, mas além disso, prefiro fazer com que através dela meus alunos enxerguem o mundo! Não apenas o mundo físico, palpável, regido por leis e que sempre quer ser desvendado, mas também o mundo humano, com suas indefinições, indagações, diferenças, valores, desvalores, reflexões, enfim... o mundo que a cada dia que o observo com o olhar crítico e ao mesmo tempo piedoso, me faz chegar mais perto de me tornar mais GENTE!
Penso que é mais ou menos isso dizem as frases "Educar para a vida!" ou "formar um cidadão crítico" que adoram aparecer nos textos sobre educação, mas que no final a gente sempre se pergunta: E aí? do que o texto falava mesmo?
Mas se não for por aí, me perdoem, esse foi só o meu ponto de vista sobre as mesmas! ;)
Contribuição: Cris Macedo
Entretanto, gostaria de indagar: No processo educativo, o que é o considerar o outro? Ou, ainda, o que é o torna-se gente? Obviamente, conforme os colegas já mencionaram, estas questões envolvem temas como currículo, ética, ideologia, etc., no entanto, sem o intuito de oferecer respostas às questões levantadas, gostaria de salientar que, na complexidade que é o ser humano, incorremos no risco de enquadrar nossos alunos na nossa visão de mundo, em nossos valores, etc, mesmo porque, a meu ver, tais propostas, a de considerar o outro e o de tornar-se gente, não são tão claras para nós. Daí, a necessidade de nos considerarmos, alunos e professores, no mesmo processo de “gentificação”, apesar de não compreende-lo em sua plenitude, mas acreditando que este seja o caminho.
Contribuição: Waldemir
Penso que o currículo enquanto organizador de saberes é fundamental tanto no espaço universal quanto no particular do indivíduo. O universal representado pela totalidade, pelaa comunidade em que se está inserido, que está “globalizada”. E o particular, representa a interioridade e as necessidades de cada um.
Percebo que há algumas aulas o tema “o ensino da ética e de valores” tem surgido em nossos debates com certa frequência. De quem é a responsabilidade por esse aprendizado? Como, quando e por quem deve ser abordado? São questões que envolvem várias instituições, como por exemplo, a família, a igreja e a escola.
Neste contexto qual será o papel do currículo? É consenso que ele deve ser modificado e que tem grande importância no desenvolvimento pessoal, ou seja, no processo de “gentificação”. Mas até que ponto ele deve preencher, nos alunos, as lacunas existentes, consequentes das transformações que ocorrem constantemente na sociedade?
Devemos refletir sobre quais aspectos educacionais devem ser, realmente, modificados para que o currículo possa atender às novas perspectivas de uma sociedade em transformação constante.
Contribuição: Lauren
Ao ler os textos que meus colegas redigiram, percebi, como a Laren mencionou, que o assunto "ensino de ética e de valores" permeia a maioria - senão todas - as nossas reflexões. Diante desta situação, eu gostaria de fazer uma observação referente à distância entre aquilo que os PCNs trazem como orientações, que supostamente são as melhores e que deveriam ser seguidas - e aqui quero chamar a atenção para a importância dada à formação de um cidadão crítico - e aquilo que ocorre em sala de aula. O que tenho percebido é que a formação para cidadania está sendo quase que totalmente substituída por um ensino que privilegia o conteúdo - a matéria pela matéria. Embora muitas pesquisas mostrem a necessidade de trabalharmos, em sala de aula, questões que ajudem os alunos a refletirem criticamente sobre as decisões que irão tomar (questões estas que estão, por exemplo, vinculadas à influência da Ciência e da Tecnologia sobre a Sociedade e desta última sobre aquelas -; questões que façam os alunos compreenderem seu papel social (ou entenderem a importância da ética)), a prática docente é essencialmente conteudista. Concordo com o que os nossos colegas, Tadeu e Jacy, expuseram a respeito da responsabilidade que cada instituição deve assumir no que tange à formação do aluno. Em vista disto, penso que - a exemplo da Cris - darmos uma pausa durante a aula para "batermos um papo" com os alunos; afinal, eles passarão - até por volta dos dezoito anos - boa parte da vida na escola. Logo, esta exercerá enorme influência sobre a construção dos valores éticos dos estudantes.
Contribuição: Rafael Schepper.
Ao ler os textos que meus colegas redigiram, percebi, como a Laren mencionou, que o assunto "ensino de ética e de valores" permeia a maioria - senão todas - as nossas reflexões. Diante desta situação, eu gostaria de fazer uma observação referente à distância entre aquilo que os PCNs trazem como orientações, que supostamente são as melhores e que deveriam ser seguidas - e aqui quero chamar a atenção para a importância dada à formação de um cidadão crítico - e aquilo que ocorre em sala de aula. O que tenho percebido é que a formação para cidadania está sendo quase que totalmente substituída por um ensino que privilegia o conteúdo - a matéria pela matéria. Embora muitas pesquisas mostrem a necessidade de trabalharmos, em sala de aula, questões que ajudem os alunos a refletirem criticamente sobre as decisões que irão tomar (questões estas que estão, por exemplo, vinculadas à influência da Ciência e da Tecnologia sobre a Sociedade e desta última sobre aquelas -; questões que façam os alunos compreenderem seu papel social (ou entenderem a importância da ética)), a prática docente é essencialmente conteudista. Concordo com o que os nossos colegas, Tadeu e Jacy, expuseram a respeito da responsabilidade que cada instituição deve assumir no que tange à formação do aluno. Em vista disto, penso que - a exemplo da Cris - darmos uma pausa durante a aula para "batermos um papo" com os alunos; afinal, eles passarão - até por volta dos dezoito anos - boa parte da vida na escola. Logo, esta exercerá enorme influência sobre a construção dos valores éticos dos estudantes.
Contribuição: Rafael Schepper.
A matéria que leciono na Faculdade de Medicina já é, por si só, muito mais construtora de valores do que de saberes textuais: Tanatologia e Cuidados Paliativos, Estudo da Morte e de formas de dignificá-la e de trazê-la para o cotidiano da prática do futuro médico!
Tarefa bem difícil essa, a de levar jovens em plena idade do heroísmo e dos super-poderes, a refletirem sobre a finitude da vida, a aceitarem a desconstrução humilde da onipotência...
Soma-se a esta dificuldade, a de ser sozinha (ou quase sozinha) na tarefa; existem muito poucas iniciativas no país que se pareçam com a minha Disciplina na FMIt. Por absurdo que possa parecer, só se ensina o futuro médico a CURAR; quando isto não é possível, faz-se um silêncio abissal sobre o que fazer do doente que “desobedece” à vontade férrea do médico!
A morte não faz parte do ciclo da vida, para a nossa cultura, a morte ofende os olhos, os ouvidos e os narizes refinados da nossa gente, crianças são “poupadas” da visão dos doentes e dos moribundos...
Pobre cultura esta, a nossa, que com a negação da morte perde a oportunidade de se aperceber da preciosidade da vida, finita e esgotável... Não assombra o consumismo enlouquecido de uma cultura que não pode pensar, porque se entristece; não pode se entristecer porque se destrói e destrói o mito da felicidade eterna...
Pensar um currículo de Tanatologia e Cuidados Paliativos?
É claro que há remédios e doses e diagnósticos e exames a ensinar, a repisar e a cobrar; mas, principalmente, é preciso ajudar a refletir, a chorar, a ter medo e a enfrentá-lo com delicadeza e humildade, a sentir a dor do Outro e se comprometer com ela... E comprometer-se com a dor do Outro não é curá-la, em absoluto, mas é permanecer junto e secar as lágrimas (as próprias e as do Outro), e ficar ao lado para pensarem juntos no Infinito...
Saberes técnicos específicos são úteis apenas em parte mas mitos, história, mobilizações, teatro, música, filosofia, encontros com lugares onde mora a morte, tudo isto nos ajuda a nos despir das roupas pesadas e inúteis para a caminhada em busca da Arte do Cuidar do Outro e de nós mesmos...
Graça Mota Figueiredo
quinta-feira, 17 de maio de 2012
Uma entrevista que elucida um pouco a diferença entre educação e escolarização e entre escolarização e delinquência. Vale à pena ler. Com vocês,Mario Sergio Cortella...
http://www.linkedin.com/news?viewArticle=&articleID=5608147983905329161&gid=3046666&type=member&item=115578437&articleURL=http%3A%2F%2Fcrn%2Eitweb%2Eco
terça-feira, 15 de maio de 2012
Minha cidade foi destaque na Veja desta semana
Pessoal, saiu uma reportagem na revista Veja desta semana, a reportagem foi baseada nos dados ONG Todos pela Educação e pela revista alcançamos o 4º lugar, baseado nos dados de 2009, relativo ao 9º ano. Paulo Márcio
domingo, 13 de maio de 2012
Dia das Mães
Uma homenagem ao Dia das Mães no www.paulomarciosecundo.blogspot.com.br
Parabéns a todas as mulheres da nossa turma e a Professora Rita.
Feliz Dia das Mães.
Parabéns a todas as mulheres da nossa turma e a Professora Rita.
Feliz Dia das Mães.
sexta-feira, 11 de maio de 2012
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